acervo audiovisual dos maretórios

O Acervo Audiovisual dos Maretórios é um centro de pesquisa que preserva a cultura e os saberes tradicionais dos pescadores artesanais de Niterói (RJ). A palavra “maretório” vem de “território” e se refere às áreas de conservação marinha onde vivem essas comunidades.

Tipos de documentos

O Acervo conta com diversos tipos de documentos. Navegue pelas categorias abaixo:

PALAVRAS-CHAVE

As comunidades pesqueiras empreendem lutas por direitos que passam pela emergência dos conflitos socioambientais, o crescimento das grandes cidades e a transformação dos seus modos de vida. As palavras-chave são utilizadas para reunir os documentos de forma temática, pensando nos desafios e saberes compartilhados por essas comunidades.

REINTERPRETANDO A MEMÓRIA CULTURAL

O ponto de articulação da iniciativa considera as demandas por memória das comunidades pesqueiras tradicionais, detentoras do bem cultural, na participação da descrição dos itens inventariados. O Acervo Audiovisual dos Maretórios fortalece narrativas comunitárias para o desenvolvimento de propostas culturais capazes de transformar relações entre passado, presente e futuro.

ITAIPU ERA UMA PRAIA SÓ: TERRITÓRIO E CONFLITO SOCIOAMBIENTAL

O crescimento de Niterói em direção à região oceânica transformou as paisagens e reordenou as águas urbanas. Os pescadores artesanais de Itaipu testemunharam as dinâmicas de crescimento imobiliário, empreendidas principalmente pela Veplan Residência.

Comunicado de 28 de novembro de 1978 sobre os anúncios de venda de terrenos em Itaipu pela empresa Veplan Residência

O Canto de Itaipu e a sua vila estão localizados na faixa de terra entre os extremos da Lagoa de Itaipu e o Morro das Andorinhas. Logo à frente da beira da praia três ilhas: Ilha da Menina, a Ilha da Mãe (do meio) e a Ilha do Pai.

Matéria do jornal “O Fluminense” de 31 de agosto de 1987:

Camboinhas: navio encalhado deu origem ao nome”, sobre as origens da praia de Camboinhas. Além do encalhe do navio que deu origem ao nome, é mencionado o canal aberto pela empresa Veplan Residência, que dividiu a praia de Itaipu, dando origem à Camboinhas.

“Naquele tempo existia pescador com cinco, seis, oito canoas. Se desmanchou muita coisa, hoje já não tem nem mais lugar para se passar.”
Seu Berlin, em depoimento de 1992

Dissertação “Aqui é Itaipu!? Pescadores Artesanais e os sentidos da expansão urbana da cidade de Niterói – História Pública e Incertezas”, 2023:

Uma investigação das experiências temporais da comunidade de pescadores artesanais de Itaipu-Niterói/RJ (2017-2023), combinando micro-história, hermenêutica e História Pública para analisar narrativas locais frente ao desenvolvimento urbano. Metodologicamente, alinha-se à consciência histórica da comunidade, explorando fontes em múltiplas escalas para entender as transformações do mundo da vida. O estudo reflete sobre a pesca artesanal como desafio historiográfico contemporâneo, confrontando incertezas e sentidos do tempo presente.


Participe!

Nosso acervo é colaborativo. Envie seu registro de um mestre ou mestra aqui e sobre um maretório aqui.